SILENCIO

 



A noite está fria,
abraço-me forte para
tentar me aquecer das
farpas geladas que açoitam
meu coração sentido...
Depois de tanta mágoa
e dor tamanha... silencio...
Calo-me diante dos meus
sentidos sem indagações
e apago meus sonhos
inocentes que se vão para
uma sombra ainda indefinida...
Deixo tombar as flores e
recolho-me p'ra dentro de mim,
preciso encontrar o meu outono
de outrora, resgatar meus olhos
audazes e atrevidos que
rasgavam o céu imenso...
Ó doce outono, és o poeta das
minhas emoções, tudo o mais
é engano...
Curvo-me ao silêncio... silencio...

Naidaterra

 

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