O Pingüim Pinguinho e o Boneco de Neve



Era uma vez um pingüinzinho chamado Pinguinho
O Pinguinho gostava muito de brincar de escorregar
E no gelo aprontava muitas travessuras e brincadeiras
Deslizando em cima de sua barriguinha e dando pulinhos

Mas o pingüinzinho não tinha amigos com quem brincar
Morava com o papai pingüim e a mamãe pingüim
Que estavam sempre muito ocupados em pescar os peixinhos
O Pinguinho comia muito para crescer bem depressa

Quando o papai e a mamãe do Pinguinho iam para o mar
O Pinguinho ficava olhando de longe e imaginando
Pensava que logo que ficasse grandão iria para o mar
E ficava imaginando brincar de mergulhar nas ondas

Um belo dia o sol que estava escondido resolveu aparecer
O Pinguinho lembrou o que a sua vovó pingüim contava
Ela dizia que o sol era encantado e atendia qualquer pedido
Bastava para isso pensar bem alto e dar três pulinhos

E o nosso amiguinho aproveitou que o sol estava bem quentinho
Ficou bem quietinho... pensando... pensando... e falou:

- Sol! Sol quentinho e amarelinho.
- Eu sei que tenho de pedir depressa.
- Eu sei que você logo vai embora.
- Mas, eu queria que ficasse só mais um pouquinho.
- Sabe, eu queria crescer logo.
- Assim, eu poderia ir pescar com o papai e a mamãe.
- Não! Não é isto que eu quero.
- Eu queria ser marinheiro e passear de navio.
- Deve ser legal viajar de navio.
- Mas, mais legal ainda deve ser navegar embaixo da água.
- Andar de submarino...
- Aí, eu poderia ver todos os peixinhos.
- Sabe! Eu ia escolher o mais gordinho.
- E pimba! Ele ia inteirinho para minha barriguinha
- Aí! Eu ia crescer e ninguém mais ia me chamar de Pinguinho.
- Sabe o papai? Ele está me ensinando a mergulhar!
- Eu sei que por ser um pingüim.
- Eu não preciso navegar de navio, ou de submarino.
- Mas, a mamãe falou que o mais gostoso, quando se é pequenininho.
- É usar a imaginação.
- Calma, meu amiguinho quentinho e amarelinho.
- Eu já vou fazer meu pedido e dar três pulinhos.
- Olhe! Agora eu pensar bem alto...
- Eu quero... eu quero... eu quero...
- Eu quero ter um amiguinho!
- Aí, eu vou brincar de corrida na neve, navegar em blocos de gelo.
- Apostar corrida de barriga no gelo.
- Isso, eu quero ter um amiguinho.


E o nosso amiguinho Pinguinho deu os três pulinhos
Fechou os olhinhos e começou a imaginar o amiguinho:

- O meu amiguinho vai ser bem espertinho.
- Ele vai gostar de brincar, de correr e de pular.
- Ah! Vai ter de saber deslizar de barriga no gelo.
- Pôxa! Acho que vou abrir os olhinhos para ver o amiguinho.

Enquanto o nosso amiguinho Pinguinho fazia o pedido
O Sol sentiu que já era hora de se esconder novamente
Mas, não poderia se esconder sem realizar o pedido do Pinguinho
E para fazer aparecer o amiguinho do Pinguinho não ia dar tempo

O Sol já estava quase escondido e estava perdendo o encantamento
Quando o Pinguinho abriu os olhinhos e só viu um monte de neve
O Pinguinho ficou muito triste e aborrecido com o amiguinho amarelinho
E pensou que a vovó pingüim tinha inventado tudo

Foi quando o Sol usando dos seus raios de luz amarelinha
Devagarinho foi derretendo o monte de neve e aos pouquinhos
O monte de neve foi virando um boneco muito engraçado e gordinho
O Pinguinho abriu e fechou os olhinhos sem acreditar no que via

O Boneco de Neve estava balançando de um lado para o outro
Ele tinha um nariz muito comprido e dois olhinhos bem pretinhos
O Pinguinho achou muita graça com o que estava acontecendo
Ficou rindo do boneco e disse muito obrigado ao amigo sol

O nosso amiguinho quentinho e amarelinho ficou contente
Ele tinha conseguido realizar o pedido do pingüinzinho Pinguinho
E resolveu ficar mais um pouquinho para apreciar as brincadeiras
Mas sem esquentar muito para não derreter o Boneco de Neve

O Pinguinho imitando o Boneco de Neve andava balançando
Ele balançava de um lado para o outro e bem devagarinho
Foi quando o Boneco de Neve deu uma risada bem alta
O Pinguinho levou um susto e perguntou bem baixinho:

- Ué! Boneco de Neve você sabe rir?

O Boneco de Neve todo sorridente do espanto do Pinguinho
Fez uma cara engraçada e respondeu:

 

 

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